o Cheesecake com calda de frutas vermelhas

Ele me levou para comer bolo na minha doceria preferida num bairro simpático da cidade.

Mais tarde eu dormi no seu sofá. Eu não queria ficar sozinha. A dor personificada dentro de mim gritava. Ele não precisava estar ali por mim, mas estava. Nos encontrávamos sempre em alguma tragédia, desta vez não pude evitar.

Dan não era um estranho, ele sabia como me sentia, o que sonhava, as caras que fazia quando queria perguntar alguma coisa. Ele sabia qual era o cheiro do meu cabelo e quantas pintinhas eu tinha pelo corpo. É estranho como sempre demos certo mesmo não dando.

Ele, o Dan, me conheceu na infância, levando em consideração o quão adulto ele já era. Eu falava pelos cotovelos e queria encontrar uma explicação para as pessoas, o amor e os corações partidos.

Comemos cheesecake com calda de frutas vermelhas com a mesma colherinha. Eu dizia que adorava os filmes nacionais. Ele não gostava e me explicava o porquê. Se eu pudesse escolher estar em qualquer lugar do mundo, naquele momento, eu escolheria estar bem ali, o sol sumindo no horizonte e refletindo no mar.